A Vida Contemplativa

22/10/2018 São João Paulo II
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A vida contemplativa ocupou e continuará ocupando um lugar de honra na Igreja. Dedicando-se à oração e ao silencio, à adoração e ao no claustro, "a sua vida está escondida com Cristo em Deus". Esta vida consagrada tem o seu desenvolvimento e o seu fundamento no dom recebido no Batismo. Com efeito, por meio deste sacramento, Deus que nos escolheu em Cristo "antes da criação do mundo para que fossemos santos e imaculados diante D'Ele na caridade", nos libertou do pecado e nos encarnou em Cristo e na Sua Igreja "para que vivêssemos uma vida nova". Esta vida nova frutificou em vocês seguindo radicalmente Jesus Cristo através da virgindade, a obediência e a pobreza, que é o fundamento da vida contemplativa. Ele é o centro de sua vida, a razão de sua existência: "Bem de todos os bens é o meu Jesus", como resumia Santa Teresa.
A experiencia do claustro entretanto torna mais absoluto este seguimento, até identificar a vida religiosa com Cristo: "A nossa vida é Cristo", dizia Santa Teresa fazendo próprias as exortações de São Paulo. Esta identificação da religiosa com Cristo constitui o centro da vida consagrada e o selo que a identifica como contemplativa. No silencio, no sinal da vida humilde e obediente, a vigilante espera do Esposo se transforma em amizade pura e verdadeira: "Posso tratá-Lo como a um amigo, muito embora seja o Senhor".
A Igreja bem sabe que a vida silenciosa e reservada de vocês, na solidão exterior do claustro, é fermento de renovação e de presença do Espirito de Cristo no mundo.

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